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1.
Arch. Clin. Psychiatry (Impr.) ; 39(3): 80-84, 2012. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-640453

ABSTRACT

CONTEXTO: O estigma que pesa sobre as doenças psiquiátricas é o mais forte impedimento para que o paciente busque tratamento, mais até que a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. A esquizofrenia também é a doença mais usada hoje como metáfora na mídia, aparecendo rotineiramente associada a crimes e violência. OBJETIVOS: Avaliação da presença do estigma estrutural na mídia brasileira por meio do levantamento de notícias em imprensa e internet que utilizam o termo "esquizofrenia" e correlatos ("esquizofrênico/a") sob três aspectos: (a) uso médico e científico; (b) atribuição do diagnóstico de esquizofrenia a suspeitos de crimes com pouco ou nenhum rigor médico ou científico; (c) uso metafórico. MÉTODOS: O estudo foi realizado em três etapas: levantamento de notícias, classificação dos itens encontrados e análise do contexto em que foram publicados. O levantamento foi realizado em dois períodos - 2008 e 2011 -, sendo o primeiro restrito ao jornal Folha de S. Paulo e o segundo ampliado para os portais dos principais veículos impressos brasileiros. RESULTADOS: Foram encontrados 229 textos, distribuídos da seguinte forma: 89 (39%) registros em ciência e saúde, com tendência à impessoalidade; 62 (27%) registros em crime e violência, em que o "diagnóstico" de esquizofrenia é feito por leigos e "corroborado" por uma arqueologia da vida do suspeito que arrola toda sorte de comportamentos fora de padrão; 78 (34%) de uso metafórico, sempre de caráter depreciativo. CONCLUSÕES: A maioria dos textos encontrados (a) não dá voz ao portador de esquizofrenia e a seu sofrimento, (b) banaliza a doença psiquiátrica ao empregá-la fora de contexto para caracterizar decisões políticas e econômicas contraditórias ou de caráter duvidoso e (c) reforça o estigma que pesa sobre o portador de esquizofrenia ao personalizá-lo apenas nos raros casos de violência em que se supõe seu diagnóstico.


BACKGROUND: Schizophrenia is the most common illness used today as a metaphor in the media and routinely appears associated with crime and violence with no medical or scientific rigor, reinforcing the stigma against this disorder. OBJECTIVES: Evaluation of the presence of structural stigma in the Brazilian media by means of a survey of printed news and the Internet using the term "schizophrenia" and its correlates under three aspects: (a) medical and scientific uses, (b) assigning a diagnosis of schizophrenia to crime suspects with little or no medical or scientific rigor, and (c) the metaphorical use. METHODS: The study was conducted in three stages: search for publications, classification of items found and analysis of the context in which they were published. The survey was conducted in two periods: 2008 and 2011, the first being restricted to the newspaper Folha de S. Paulo and the second extended to the homepage of the main Brazilian print media. RESULTS: We found 229 texts, distributed as follows: 89 (39%) records as science and health, with a tendency to impersonality; 62 (27%) records as crime and violence, in which the "diagnosis" of schizophrenia is given by lay people and "supported" by an archeology of the life of the suspect which enlists all sorts of non-standard behavior; and 78 (34%) records of metaphorical use, always with a negative meaning. DISCUSSION: Most of the texts found (a) does not give voice to people with schizophrenia and their suffering, (b) trivializes the use of this psychiatric illness out of context to describe contradictory or of dubious character political and economic decisions, and (c) reinforces the stigma that lays over the bearer of schizophrenia individualizing them only in rare violent cases with a supposed diagnosis.


Subject(s)
Data Collection , Schizophrenia , Social Stigma , Mass Media , Mass Media , Social Media , News , Prejudice
2.
Arch. Clin. Psychiatry (Impr.) ; 39(4): 115-121, 2012. graf, tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-646409

ABSTRACT

CONTEXTO: A estigmatização é uma questão importante no tratamento e no curso da esquizofrenia. A manutenção de atitudes estigmatizantes pode estar relacionada a fatores socioculturais. OBJETIVOS: Comparar atitudes estigmatizantes de profissionais de saúde mental em países culturalmente diversos: Brasil e Suíça. MÉTODOS: Foram analisados dados de duas grandes pesquisas sobre o estigma na Suíça e no Brasil, focando-se no desejo de distância social em relação a indivíduos com esquizofrenia e atitudes de profissionais de saúde mental em relação à aceitação de efeitos colaterais do tratamento psicofarmacológico. RESULTADOS: Profissionais de saúde mental suíços apresentaram níveis significativamente mais elevados de distância social do que suas contrapartes brasileiras. Houve também um efeito fraco de idade, bem como um efeito da interação entre a origem e a idade. Com relação à aceitação de efeitos colaterais, a influência da origem foi bastante fraca. Com exceção do risco de dependência dos psicotrópicos, a aceitação dos profissionais suíços a efeitos colaterais de longa duração foi significativamente maior do que a de seus colegas no Brasil. CONCLUSÕES: A forte associação entre origem e distância social pode estar relacionada à formação sociocultural dos profissionais de saúde mental; em comparação com a Suíça, o Brasil é muito heterogêneo em termos de estrutura étnica e socioeconômica. A aceitação de efeitos colaterais pode também estar relacionada com os medicamentos mais sofisticados (ou seja, drogas antipsicóticas de nova geração) comumente usados na Suíça.


BACKGROUND: Stigmatization is an important issue in the treatment and course of schizophrenia. The maintenance of stigmatizing attitudes may be related to socio-cultural factors. OBJECTIVES: To compare stigmatizing attitudes of mental health professionals in the culturally diverse countries Brazil and Switzerland. METHODS: We analyzed data of two broad stigmatization surveys from Switzerland and Brazil by focusing on the social distance and attitudes of mental health professionals towards the acceptance of side effects of psychopharmacological treatment. RESULTS: Swiss mental health professionals showed significantly higher levels of social distance than their Brazilian counterparts. There was also a weak effect of age as well as an interaction effect between origin and age. With respect to the acceptance of side effects, the effect of origin was rather weak. With the exception of drug dependence, Swiss professionals' acceptance of long-lasting side effects was significantly higher than for their counterparts in Brazil. DISCUSSION: The strong association between origin and social distance may be related to the socio-cultural background of the mental health professionals. In comparison with Switzerland, Brazil is very heterogeneous in terms of ethnicity and socio-economic structure. The distinct acceptance of side effects may additionally be related to the more sophisticated medicaments (i.e. new generation of antipsychotic drugs) commonly used in Switzerland.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Schizophrenia , Stereotyping , Health Personnel , Switzerland , Brazil , Social Discrimination
3.
Arch. Clin. Psychiatry (Impr.) ; 38(5): 173-177, 2011. graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-602369

ABSTRACT

CONTEXTO: A literatura acerca da maneira como a população geral estigmatiza indivíduos com distúrbios mentais aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Mas a dúvida sobre se os psiquiatras também estigmatizam seus pacientes ainda permanece. OBJETIVO: O presente estudo visou avaliar as atitudes de psiquiatras brasileiros em relação aos indivíduos com esquizofrenia. MÉTODOS: Dos cerca de 6.000 participantes do Congresso Brasileiro de Psiquiatria em 2009, 1.414 psiquiatras concordaram em participar do estudo. Entrevistas face a face foram realizadas utilizando um questionário que avaliava o estigma em três dimensões: estereótipos, distância social e preconceito, todas relacionadas a alguém com esquizofrenia. Opinião sobre medicações psicotrópicas e tolerância aos efeitos colaterais também foram avaliadas. Dados sociodemográficos e profissionais foram coletados. RESULTADOS: Psiquiatras brasileiros tenderam a estereotipar negativamente pessoas com esquizofrenia. Estereótipos negativos correlacionaram-se com uma melhor opinião sobre medicações psicotrópicas e com maior tolerância a efeitos colaterais. Idade maior correlacionou-se com estereótipos positivos e com menor preconceito. CONCLUSÃO: Os psiquiatras estigmatizam indivíduos com esquizofrenia e possivelmente têm certa dificuldade em admitir esse fato. Campanhas antiestigma para profissionais de saúde mental devem ser promovidas.


BACKGROUND: Literature on how the general population stigmatizes individuals with mental disorders has increased considerably over the last decades. But the question remains if psychiatrists also stigmatize their patients. OBJECTIVE: The present study aimed to assess Brazilian psychiatrists' attitude towards individuals with schizophrenia. METHODS: Out of the approximately 6,000 participants of the 2009 National Psychiatry Congress in Brazil, 1,414 psychiatrists agreed to undergo the survey. Face-to-face interviews were conducted using a questionnaire that assessed stigma in three dimensions: stereotypes, social distance and prejudice towards a person with schizophrenia. Their opinion on psychotropic drugs and tolerance of side-effects were also assessed. Socio-demographic and professional data were collected. RESULTS: Brazilian psychiatrists tend to negatively stereotype individuals with schizophrenia. More negative stereotypes correlated with a positive opinion on psychotropic drugs and with a higher tolerance of side-effects. Higher age was correlated with positive stereotyping and with less prejudice. DISCUSSION: Psychiatrists stigmatize individuals with schizophrenia and possibly find it difficulty admit this fact. Anti-stigma campaigns among mental health professionals should be promoted.


Subject(s)
Schizophrenia , Stereotyping , Allied Health Personnel , Prejudice , Psychiatry
4.
Braz. J. Psychiatry (São Paulo, 1999, Impr.) ; 32(4): 396-408, dez. 2010. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-573853

ABSTRACT

OBJECTIVE: To investigate in a community sample the association of suicide-related cognitions and behaviors ("thoughts of death", "desire for death", "suicidal thoughts", and "suicidal attempts") with the comorbidity of depressive disorders (major depressive episode or dysthymia) and alcohol or substance use disorders. METHOD: The sample was 1464 subjects interviewed in their homes using the Composite International Diagnostic Interview to generate DSM-III-R diagnosis. Descriptive statistics depicted the prevalence of suicide-related cognitions and behaviors by socio-demographic variables and diagnoses considered (major depressive episode, dysthymia, alcohol or substance use disorders). We performed a multivariate logistic regression analysis to estimate the effect of comorbid major depressive episode/dysthymia and alcohol or substance use disorders on each of the suicide-related cognitions and behaviors. RESULTS: The presence of major depressive episode and dysthymia was significantly associated with suicide-related cognitions and behaviors. In the regression models, suicide-related cognitions and behaviors were predicted by major depressive episode (OR = range 2.3-9.2) and dysthymia (OR = range 5.1-32.6), even in the presence of alcohol use disorders (OR = range 2.3-4.0) or alcohol or substance use disorders (OR = range 2.7-2.8). The interaction effect was observed between major depressive episode and alcohol use disorders, as well as between dysthymia and gender. Substance use disorders were excluded from most of the models. CONCLUSION: Presence of major depressive episode and dysthymia influences suicide-related cognitions and behaviors, independently of the presence of alcohol or substance use disorders. However, alcohol use disorders and gender interact with depressive disorders, displaying a differential effect on suicide-related cognitions and behaviors.


OBJETIVO: Investigar, numa amostra comunitária, a associação entre cognições e comportamentos relacionados ao suicídio ("pensamentos de morte", "desejo de morte", "pensamentos suicidas", e "tentativas de suicídio") e a comorbidade entre transtornos depressivos (episódio depressivo maior ou distimia) e transtornos por uso de álcool ou substâncias. MÉTODO: 1.464 sujeitos foram entrevistados em seus domicílios com o CIDI para gerar diagnósticos DSM-III-R. Estatística descritiva demonstrou a prevalência de cognições e comportamentos relacionados ao suicídio pelas variáveis sociodemográficas e diagnósticos considerados (episódio depressivo maior, distimia, transtornos por uso de álcool ou substâncias). Realizamos também análises de regressão logística multivariada para estimar o efeito da comorbidade entre episódio depressivo maior/distimia e transtornos por uso de álcool ou substâncias em cognições e comportamentos relacionados ao suicídio. RESULTADOS: A presença de episódio depressivo maior e distimia foi significativamente associada a cognições e comportamentos relacionados ao suicídio. Em modelos de regressão multivariada, os preditores de cognições e comportamentos relacionados ao suicídio foram episódio depressivo maior (OR range = 2,3-9,2) e distimia (OR range = 5,1-32,6) mesmo na presença de transtornos por uso de álcool (OR range = 2,3-4,0) ou transtornos por uso de substâncias (OR range = 2,7-2,8). O efeito de interação foi observado entre episódio depressivo maior e transtornos por uso de álcool, bem como entre gênero e distimia. Transtornos por uso de álcool foi excluído da maioria dos modelos. CONCLUSÃO: A presença de episódio depressivo maior e distimia influencia os CCS, independentemente da presença de transtornos por uso de álcool ou substâncias. Contudo, transtornos por uso de álcool e gênero interagem com os transtornos depressivos, demonstrando um efeito diferencial em cognições e comportamentos relacionados ao suicídio.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Male , Middle Aged , Young Adult , Alcohol Drinking/epidemiology , Alcohol-Related Disorders/epidemiology , Depressive Disorder/epidemiology , Suicide, Attempted/statistics & numerical data , Alcohol Drinking/psychology , Alcohol-Related Disorders/diagnosis , Alcohol-Related Disorders/psychology , Brazil/epidemiology , Comorbidity , Depressive Disorder/diagnosis , Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders , Prevalence , Regression Analysis , Risk Factors , Socioeconomic Factors , Suicide, Attempted/psychology
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